MADRI, 20 de ago de 2011 às 17:11
A irmã Almudena Rios, das Escravas de Cristo Rei, viveu com especial emoção o encontro da sexta-feira com o Papa Bento XVI com religiosas de todo o mundo no Escorial porque sua vocação amadureceu em uma JMJ. Ela decidiu dar o passo à vida consagrada durante a Jornada Mundial da Juventude celebrada em Colônia (Alemanha) em agosto de 2005.
Em uma entrevista concedida à ACI Prensa, a jovem de 22 anos explicou que "a vocação não é um momento de repente mas vai tendo seus passos. Para mim um momento importante foi a jornada de Colônia".
Nesse então ela vivia na diocese da Málaga e tinha 17 anos. "Questionava-me muitas coisas. Rezava e não sentia nada. Era católica, mas me perguntava como posso saber se Deus me fala se não o sinto? A Jornada supôs então uma resposta para mim", recordou.
Almudena, cujo nome se deve à Virgem Padroeira de Madrid (Espanha), relatou que naquela ocasião se encontrou com jovens da China e Coréia do Norte com quem falava em inglês sobre sua vida cristã nestes países comunistas aonde os fiéis são perseguidos.
A religiosa relatou que esses jovens lhe contaram que arriscavam sua vida para ir à Missa. "Eu arriscaria minha vida assim? As pessoas não arriscam sua vida por qualquer coisa", questionou-se.
Suas experiências na JMJ Colônia 2005 foram um marco em sua vida. "Encheram-me de alegria. Quando voltei para a Espanha vi que eu estava diferente, que tinha uma alegria diferente, mas ainda não entendia bem por quê".
Um ano depois de Colônia, Almudena participou de uns exercícios espirituais de sua atual congregação.
"Ensinaram-me a reconhecer a voz de Deus na oração. Percebia que Deus me amava sobre todas as coisas. Com esse amor de Deus, experimentei o desejo de me entregar eu também da mesma maneira".
Ao descobrir sua vocação à vida consagrada quis ser missionária, mas logo optou pelas Escravas de Cristo Rei, uma congregação que se dedica a dar exercícios espirituais e acompanhamento espiritual.
A religiosa alentou os participantes da JMJ Madrid 2011 a não terem "medo e que se deixem acompanhar no caminho para sua vocação, já seja a vida consagrada ou a matrimonial. Sem oração não pode haver vocação. Se não me ponho à escuta de Deus não posso compreender nada".
Esta "é minha primeira JMJ como consagrada e se vive de uma maneira diferente. Escutar a voz do Papa é uma maneira de fortalecer a fé que me permite saber por onde caminhar", concluiu.